halloweenÉ certo, consumiçom grátis!. Bar aberto de festas contagiadas de consumismo e globalizaçom; bar aberto para nos esquecermos do nosso passado e da nossa tradiçom; bar aberto de festas comercializadas e deturpadas. Galiza celebrou o 1 de novembro ao longo de toda a sua história. A cultura atlântica de que procedemos tinha essa data no calendário desde tempos imemoriais: a gente da Galiza, a gente da Bretanha, a gente da Irlanda… E foi essa emigraçom irlandesa que levou a nossa festa para os EUA.  Eles foram os agentes da sua popularizaçom naquele pais hegemónico e, foi por isso, que agora volta para nós com esta força que pode com tudo. Até é capaz de nos fazer esquecer que as nossas avós celebravam o dia em que se abriam as portas entre o mundo da vida e da morte, o dia das Caveiras, o dia dos Mortos, a noite dos Calacús, o dia dos Defuntos, o dia do Samhain ou Samaim…essas mulheres faziam calacús nas Rias Baixas, caveiras em Cedeira, cabaçotes em Ortigueira…cozinhavam castanhas com anis e davam sustos à gente que andava à noite polos caminhos. Era umha noite para sorrir ao lembrar tanta gente que nos precedeu e que nos fijo quem hoje somos. E agora passam na televisão que temos de chamar esta festa de Halloween ou que temos de dizer a expressão “truque ou trato” e já…Varremos com séculos de história e, sem querer ou querendo, celebramos a noite da gente morta esquecendo-a.