Ante os acontecimentos de hoje em Compostela

O Conselho Geral da Gentalha do Pichel, reunido nesta terça 17 de Junho no nosso centro social, quer expressar a sua imensa preocupaçom polo tratamento policial e mediático da detençom e registros praticados a primeira hora da tarde contra um vizinho de Compostela. Esta pessoa, activista do nosso projeto cultural, ficou submetida a umha legislaçom “excepcional” de carácter marcadamente antidemocrático. E nom o dizemos nós: organismos internacionais de todo tipo, de Amnistia Internacional ao Relator para os Direitos Humanos da ONU, criticam um sistema judicial e a umha legislaçom espanhola, a “antiterrorista”, por amparar a tortura por motivaçons políticas. É por isto que na Gentalha ficamos intranquilas porque a pessoa detida permanece submetida a este tipo de medidas de excepçom no ámbito da mais legítima herdeira do Tribunal de Ordem Público: a Audiência Nacional. A pessoa detida é umha pessoa activa na Gentalha desde a sua assembleia fundacional. É membro da Comissom de Meio Natural, é um companheiro no sentido mais fundo da palavra. Agora estará na Audiência Nacional sem contacto nenhum com o exterior. Sem atendimento de tipo legal, sem poder ver a sua família. A Gentalha é um colectivo cultural e nom é competência nossa emitir juízos. Mas isto nom pode servir de argumentaçom para deixar de denunciar este tipo de comportamentos das autoridades. Nunca deixaremos de denunciar a vulneraçom dos mais elementais direitos individuais. Aproveitamos para definir como decadente e carronheira a atitude dos meios de comunicaçom que nom duvidárom desde os primeiros momentos da detençom em mostrar fotos, nome e apelidos, titulares incriminatórios, endereço e todo o tipo de dados pessoais. Eles sabem que as suas hemerotecas som parte substancial da condena imposta e esta indefensível cumplicidade situa-os em muitos lugares; todos longe da neutralidade. Compostela junho de 2014