5538991025_f9a57bd4d4_b O trabalho em rede é a forma de trabalho na que nos sentimos mais cómodas, multiplicamos as nossas forças e adicionamos os nossos conhecimentos. A Gentalha do Pichel é uma rede de comissons e ativistas, fazemos rede com outros centros sociais, com outros coletivos que vivem a nossa cultura tradicional, que trabalham pola nossa língua, que partilham as nossas lutas (como a Rede Galega en apoio ás persoas refuxiadas, a Asamblea contra a eucaliptización de Compostela e comarca, etc). Desde a comissom de História da Gentalha do Pichel levamos anos dando a conhecer e pondo em valor os patrimónios culturais deste concelho, e deste trabalho e colaboraçons nace a Rede do Património Cultural, promovida por vários coletivos mas com objetivo declarado de adicionar organizaçons de todo o país. A apresentaçom será este sábado 3 de xunho às 11h00 no Museu do Povo Galego. Qualquer grupo que trabalhe pola promoçom, estudo e cuidado do nosso património e tenha interesse em fazer parte da rede pode inscrever-se neste formulário. Depois da apresentaçom haverá uma jornada de trabalho. DECLARAÇOM CONJUNTA PARA UMHA COORDINAÇOM DAS ENTIDADES POLA DEFESA DO PATRIMÓNIO CULTURAL GALEGO
  1. O território galego concentra umha ingente quantidade de bens culturais materiais e imateriais. Som o legado da intensa ocupaçom e uso do território por comunidades humanas desde o princípio dos tempos e a testemunha viva e real das bases da cultura e identidade do nosso país, herdança que queremos preservar.
  2. Este legado constitui, na atualidade, umha enorme fonte de riqueza de muitos tipos: humana, social, cultural e económica. Junto à sua preservaçom como dever por parte das geraçons que se consideram herdeiras desse legado para o futuro, a sua dinamizaçom abre novas oportunidades à nossa sociedade en numerosos âmbitos, constituindo-se como umha das fontes de riqueza com mais possibilidades e, ao mesmo tempo, mais sustentável no nosso território.
  3. Na Galiza existem numerosos movimentos culturais cidadans que exercem umha constate atividade, de base local ou comarcal, de defesa do devandito património, também da sua dinamizaçom, com umha grande eficácia no controlo e vigilância da contorna imediata. Os resultados, muito louvados nas suas áreas de açom, nom sempre transcendem nem som abondo visíveis a nível galego.
  4. Porem, ainda que os danos ao património sempre som locais (a um bem concreto, num momento concreto) tanto a legislaçom como as políticas de património cultural ou as grandes problemáticas (setor florestal, grandes infraestruturas, marco jurídico…) transcendem esse âmbito e condicionam, já que logo, a capacidade de atuaçom de muitas entidades locais. É preciso dota-las dum instrumento que lhes permita operar naqueles âmbitos administrativos (comunidade autónoma, Estado, Uniom Europeia) que som de difícil aceso para umha pequena entidade e na que esta pode exercer um papel pouco representativo.
  5. Na atualidade volve-se viver um interesse por parte de pessoas e grupos da sociedade civil por cuidar o património cultural, participar ativamente na sua preservaçom e gestom. Nom há dúvida de que o papel da Internet, conectando a indivíduos antes ilhados em diferentes lugares e partilhando informaçom, problemáticas e soluçons, incentiva este novo ativismo. A Internet adapta-se com facilidade às estruturas associativas galegas, horizontais, descentralizadas e sem umha hierarquia sólida
  6. Os escassos orçamentos que destinam as Administraçons ao património cultural, as profundas transformaçons da sociedade e das economias rurais e as mudanças legislativas promovidas recentemente pola Administraçom galega estam a afetar de jeito crítico ao nosso património cultural. É o momento de dar um passo que permita enfrentar estes novos desafios, sempre desde o respeito à idiossincrasia das entidades locais e comarcais do país.
  7. Propom-se uma ferramenta conjunta de coordinaçom das asociaçons locais/comarcais e outras de âmbito galego (que também assinam), todas elas de defesa do património, para se dirigir às autoridades, organismos ou entidades pertinentes a prol da salvaguarda do nosso património cultural.
  8. As entidades que assinam este documento comprometem-se a criar sistemas de comunicaçom horizontal, de livre adesom, sem hierarquias, aos que se podam incorporar outras organizaçons com o fim de adesom aos termos nos que se redige o presente documento.
  9. A mecânica de trabalho inicial será o trabalho conjunto e a elaboraçom de iniciativas decididas pola rede que tenham um claro fim de defesa e/ou posta em valor do património cultural e que pola sua natureza ou dimensom precisem dumha escala superior à de cada umha das entidades. Nenhuma organizaçom poderá atuar em nome da Rede e nos casos que se acade unanimidade nomeara-se umha representaçom e aclarando em toda a documentaçom que entidades formam parte dumha iniciativa concreta.
  10. As organizaçons que assinam esta Declaraçom mantêm a sua independência e autonomia e comprometem-se a encetar o caminho cara a criaçom dumha estrutura de coordinaçom de entidades do património.