Nos últimos anos Compostela pudo constatar as consequências da turistificaçom: a expulsom de vizinhas e estudantes da zona velha, a privatizaçom de espaços públicos a cada vez mais invadidos polos terraços dos bares, o feche de comércios tradicionais, a espanholizaçom e a imagem folclorizada das lojas de souvenirs, problemas de convivência, grande precariedade laboral no setor hoteleiro, obras intermináveis pensadas mais para as turistas que para as vizinhas…
Mália todas as suas consequências negativas o modelo turistificador nom é questionado e as instituiçons apostam nele como a soluçom para todos os problemas económicos da cidade.
A febre turística nom tem limites. Até a celebraçom do Jacobeu foi estendida por mais um ano, monstrando de novo que mercado e Igreja -um dos poderes tradicionais na nossa cidade- vam da mao. E quando a bolha turística estoure veremos como a cidade ficará sem tecido produtivo nem vida. A pandemia da Covid19 expujo as debilidades económicas dos lugares altamente dependentes do turismo, mas agora já semelha hora de esquecê-lo todo e continuar com o espetáculo.
Deste jeito, da Gentalha do Pichel queremos lançar um espaço para analisarmos esta realidade, criarmos discurso público contra a turistificaçom da cidade e realizarmos atividades que dem vida às ruas de Compostela para além do turismo. Queremos pôr acima da mesa que a monocultura do turismo apenas beneficia o grande capital enquanto expulsa a vizinhança dos espaços públicos e mesmo das suas casas. Queremos espalhar a ideia de que umha outra forma de viver a cidade é possível.
Se queres botar-nos umha mao neste trabalho, achega-te a próxima quinta-feira 16 de dezembro às 20h polo nosso centro social e pensaremos em conjunto.