Após termos conhecido a sentença que condena o jovem militante Chema Naia a 2 anos e 2 meses de prisom, da Gentalha do Pichel queremos fazer públicas as seguintes reflexons:
1. Mostramos a nossa solidariedade com o Chema, um moço galego que, junto a dúzias de pessoas se manifestava em 2017 para protestar polo despejo do CSO Escárnio e Maldizer, resultando detido e ferido por umha brutalidade policial que mesmo lhe negou o socorro.
2. Condenamos nom só a desproporcionada sentença, mas o conjunto do processo judicial por evidenciar irregularidades e inconsistências que nos permitem falar sem pelos na língua dumha montagem policial. Estamos a ver, mais umha vez, como o delito de “atentado à autoridade” é inapelável no aparato judicial espanhol, e como sob esse guarda-chuvas a polícia encontra umha imunidade que, em ocasions como esta, chega a extremos completamente desvergonhados.
3. A crise socioeconómica que bate sobre as classes populares e os signos cada vez mais evidentes de colapso sistémica virám acompanhados, como a história nos aprendeu, dum endurecimento da repressom. Só com mobilizaçom social e construçom de redes e espaços de contrapoder poderemos proteger-nos dos delírios dumha minoria que nos está a conduzir ao desastre.
4. Por último, queremos fazer umchamamento aos centos de pessoas que manifestárom e manifestamos nas redes a nossa raiva por este dantesco juízo a levar essa rebeldia às ruas, único lugar onde se tornarám umha só voz, e nutrir os centros sociais, coletivos e organizaçons transformadoras que, como o Escárnio que Chema e moitas outras defendíamos aquel 2017, som chave para a autodefesa popular.
Compostela, 24 de março de 2022