Do 7 ao 20 de julho, como durante todo o verao (e grande parte do ano), o turismo massivo e irrespeitoso ameaçará os bairros… mas desde a Gentalha queremos resistir às ondanadas e vamo-lo fazer aprendendo em comum. Argalhamos, mais um ano e para essas duas semanas, a Universidade Popular de Verao. Vem connosco reapropriar-nos da cidade enquanto partilhamos saberes para o activismo e a vida. 

Os cursos tenhem preços populares, para serem acessíveis a quem quiser vir e também apoiar ao centro social:
– Preço sócias por curso: 3’5€.  Abono todos os cursos: 10€ 
– Preço nom sócias, por curso: 4€. Abono todos os cursos 12€
– Preço solidário: 5€: curso / 15€: Abono

Para participares, inscreve-te desde este FORMULÁRIO. Podes fazê-lo até as 16h do dia anterior ao curso que te interesse. As vagas som limitadas, é muito importante que anules a reserva (em cursos@gentalha.org) se nom vas vir.

Todos os cursos seram no nosso Centro Social (Sta Clara 21) agás os que tenhem outro ponto de encontro específicado na informaçom.

Universidade Popular 2025

SEGUNDA-FEIRA, 7 DE JULHO

Tesoura, spray e à rua! De 18h a 19h30 com Klau.Sura.

Vamos aprender a fazer stencil. Descobriremos as ferramentas e técnicas com as quais enchermos as ruas de desenhos que poderemos repetir mil vezes, por toda parte!
Este curso terá um sobrecusto de 3 euros por materiais.

Memórias. De 19h15 a 20h30 com Antón Santamarina.

A minha experiência na recolha de folclore.

Repair café. De 19h30 a 20h30 com Banco de Reciclagem Municipal de Teo e  Engenharia Sem Fronteiras Galiza.

Repair café de computadores e software livre. Achega-te e toparás um grupo de pessoas voluntárias ajudando-se entre elas para reparar diverso tipo de material informático e dar-lhe nova vida. Se tens conhecimentos ou gostas de reparar também outro tipo de objetos (pequenos eletrodomésticos, eletrónica de consumo, bicicletas, roupa…), vem também e vemos o que fazer. O evento estará dinamizado por pessoas do Banco de Reciclagem Municipal de Teo e de Engenharia Sem Fronteiras Galiza.

De como construirmos a nossa saúde coletivamente. Açom comunitária para a saúde.  De 20h30 a 22h com Ainara Geada.

Propomos umha achega à influência dos determinantes sociais e das desigualdades que afetam a saúde das pessoas. Também aos recursos, habilidades e capacidades que as pessoas e comunidades temos para melhorá-la.  Realizaremos um obradoiro prático de participaçom comunitária (mapping party) para identificarmos ativos em saúde à nossa volta. 

TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO

1936 na Galiza: memórias silenciadas e relatos impostos. De 18h30 a 19h30 com Álex Rodríguez.

Como (nom) se lembra ou transmite esse passado violento e traumático? Como abordá-lo e divulgá-lo desde o presente?  Falaremos sobre os mitos do golpe de 1936 que persistem numha narrativa do passado que adoita ignorar a realidade galega. Repassaremos as repressons e violências específicas que se deram no nosso país a partir de fontes orais e documentos familiares de arquivo.

Etimologias curiosas do dia a dia. De 20h a 21h com Santi González.

Algumas palavras que usamos frequentemente escondem segredos surpreendentes sobre sua origem, revelando como pensavam as geraçons passadas. Nesta palestra exploraremos o nosso léxico para entender o que dizemos sem nos darmos conta.

A romagem também é vegana. De 20h a 22h com Lucia Sánchez Díaz. 

Um obradoiro que procura mostrar que comer vegetal nom está em conflito com a festa, o sabor nem a tradiçom. Um achegamento à cozinha vegana desde umha óptica galega, dirigido a pessoas que queiram preparar um jantar completo e descobrir as possibilidades saborosas e acessíveis que temos à volta. Exploraremos receitas simples em chave vegetal, com pequenas dicas para redescobrir que nom tudo é carne no país dos mil sabores.
Este curso tem o sobrecusto de 3€ por materiais.

QUARTA-FEIRA, 9 DE JULHO

Obradoiro de fanzines: Memória histórica em Lavacolha. De 17h30 a 19h com Ali e Rosi. 

Um obradoiro de criaçom de fanzines centrados na memória histórica do campo de concentraçom franquista que houve em Lavacolha. Esta atividade servirá para divulgar sobre este tema e trasladar petiçons concretas que acordaremos no grupo através do fanzine, umha ferramenta de comunicaçom e transformaçom social muito potente!
Este curso tem o sobrecusto de 1€ para impressom dos fanzines.

Didática rebelde: outros jeitos de aprender, fazer e luitar. De 18h30 a 20h30 com Inês Merayo.

Este curso propom repensar como nos juntamos, como aprendemos e como nos organizamos. Abordaremos ferramentas e estratégias de facilitaçom, metodologias participativas e práticas de construçom coletiva de conhecimento, para criar espaços mais participados, acessíveis e emancipadores.

Entra no baile a bailar(e). Iniciaçom às foliadas. De 19h30 a 20h30 com Chus Caramés.
Aprende a decifrar e mover-te ao compasso dessa gente que baila quando soam as gaitas e pandeiretas.

Jogando com o corpo. De 20h30 a 21h30 com Raquel Garabal.

Conhecemos o nosso corpo e a nossa voz através do jogo teatral e escénico. Nom se necessita experiência prévia, apenas roupa cómoda e vontade de passá-lo bem.

QUINTA-FEIRA, 10 DE JULHO

A nossa saúde através das cacas. De 17h15 a 18h15 com Adriano Quiroga.

Por que as cacas mudam de forma e cor? Que é isso de que é bom ter bactérias no nosso intestino? Quando devo preocupar-me por esta dor de barriga? Com o digestivólogo Adriano Quiroga repassaremos todas estas perguntas e mais!

Obradoiro de dicas para comezar a contar. De 18h30 a 19h45 com Atenea García. 

Se che prestam os contos, se és boa escoitadora, se tens vontade de começar a contar, se tens curiosidade por isto da oralidade ou simplesmente queres contar-lhe um conto à tua sobrinha e nom sabes por onde começar… Achega-te a este espaço onde partilharemos algumhas dicas para sacar o medo do corpo, que contar contou-se toda a vida!

Danças de Euskal Herria. De 20h a 21h com Rubén Iglesias Ramudo. 

Introduçom às estruturas e passos (jaus) mais comuns das danças desta naçom, percorrendo bailes e coreografias dos seus diferentes territórios.

SEXTA-FEIRA, 11 DE JULHO

Iniciaçom à língua e cultura catalás. De 18h30 a 19h30 com David Garcia.

Este obradoiro será umha pequena introduçom a usos básicos da lingua catalá acompanhada de pequenas doses de contexto social e cultural.

A Revoluçom Galega de 1846. Umha nova perspectiva. De 19h30 a 21h30 com César Caramês.

Nesta palestra-roteiro exploraremos umha nova perspectiva sobre os acontecimentos daquele ano axial inserindo-o no contexto da Primavera dos Povos de 1848. Através de documentos da altura, do cotejo com a versom vigente na academia e da visita a localizaçons emblemáticas da rebeliom galega tentamos reviver umha parte desconhecida e apaixonante da nossa história.

SÁBADO, 12 DE JULHO

Roteiro Lavacolha. De 10h45 a 13h30 com a Comissom de História da Gentalha.

Campo em Campo: roteiro em lembrança do Campo de Concentração de Lavacolha. Partindo da entrada do aeroporto às 11h15, subiremos em autocarro desde a Pastoriça até o aeroporto para iniciar o percurso. Desde ali, caminharemos até o antigo campo de concentraçom de Lavacolha, recordando a memória e as histórias das pessoas que sofreram neste lugar de repressom. Um percurso para nom esquecer e para refletir sobre a resistência e a luita pola dignidade.

SEGUNDA FEIRA, 14 DE JULHO 

Biscoitos veganos para triunfar. De 17h30 a 19h com Sandra Carreiras.

Neste obradoiro vamos aprender a fazer três biscoitos veganos distintos:  choco-banana-nozes, chia-limom e maçã-cenoura-canela. Ademais, veremos como modificar a receita para fazê-los dos sabores dos que mais gostemos ou adaptá-los a alergias ou intolerâncias (também com opçom sem glúten!). Com muitos elogios que os avalizam, estes biscoitos som doados, rápidos, para todas e, sobretudo, sem maltrato animal.
Este curso tem o sobrecusto de 2€ por materiais.

Obradoiro de percussom doméstica. De 17h30 a 19h com Marta Collazo.

Neste obradoiro vamos aprender a tocar ritmos básicos nas cunchas, colheres, lata, tijola, pinhas, garrafa, prato, etc, para poder fazer festa seja onde for. Trazei a ferralhada que houver por casa e vinde desfrutar!

Roteiro ornitológico polas Branhas do Sar: Aprendamos a identificar os cantos de aves com Merlin. De 19h a 21h com João Aveledo.

Roteiro naturalista polas Branhas do Sar, com um percurso que transcorrerá entre a Colegiada do Sar e a “lagoa” de Cornes, com iniciaçom à identificaçom dos cantos das aves, aprendendo a utilizar a app Merlin na nossa língua. 
Ponto de encontro: Colegiada do Sar.
Levar, quem puder, a aplicação Merlin baixada no telemóvel é, em caso de ter em casa, binóculos e umha guia de aves. Necessário roupa e calçado cómodo para caminhar.

Obradoiro de recolha de património musical. De 19h a 20h30 com Xulia Feixoo. 

Neste obradoiro falaremos do método etnográfico em todas as suas fases: do antes -a planificaçom-, do trabalho de campo, e também do depois -a organizaçom da informaçom e dos jeitos de divulgá-la.

Dicas de reintegracionismo numha hora. De 20h a 21h com Vítor Sanches.

Este pequeno obradoiro pretende ajudar aquelas pessoas que tenham vontade de achegar-se ao reintegracionismo, conhecê-la história do mesmo e aprender em conjunto umhas pequenas dicas.

Desenho de cartazes. De 20h45h a 21h45 com Iria Iglesias.

Aprende a criar cartazes desde zero, mesmo sem saber desenhar! Neste curso exploraremos de maneira prática e singela as técnicas básicas de composiçom gráfica para comunicar ideias visualmente. Traz a tua criatividade!
Recomenda-se trazer computador para fedelhar.

TERÇA-FEIRA, 15 DE JULHO 

História do cinema galego. De 17h a 18h com Miguel López.

Apresentaçom dinâmica com recursos audiovisuais das principais correntes e obras históricas do cinema galego.

Indagando no comum. Um breve percurso pola história dos montes vizinhais na Galiza. De 18h a 19h com Lara Barros.

O que som os comunais? Como é que em Galiza existem montes de propriedade vizinhais? De onde é que venhem e como foi o seu devir até hoje? Espaço de faladoiro sobre estas questons e mais algumhas que surjam do comum do grupo.

Enredos e estribilhos. De 19h a 19h30 com Carme da Pontragha.

Obradoiro para achegar às mais pequenas da casa ao nosso património oral. Jogos, recitados e cantarelas para a infância. Enredando em galego.
Atividade para famílias, crianças de 1 a 3 anos. Cada criança deve vir com a companhia dumha pessoa adulta. Crianças de balde.

Umha tijola fora da cozinha. De 19h30 a 20h30 com Carme da Pontragha.

Quem disse que a tijola ou a caçola eram para fazer o jantar. Nós poremo-las a cantar. Se queres iniciar-te nos toques básicos de tijola, este é o teu curso.
Necessita-se umha tijola (pode ser moderna) e umha chave grande/ faca metálica/ colher.
Curso para quem nom sabe nada.

Iniciaçom ao futebol gaelico. De 19h30 a 21h com a Suévia.

Mixto, popular e de base. A equipa compostelana da Suévia traz as normas e técnicas básicas para iniciar-te no futebol gaélico.
*Lugar por determinar.

QUARTA-FEIRA, 16 DE JULHO

Direitos básicos do mundo do trabalho. De 17h30 a 18h30 com Lucia Freire.

Falaremos de questons que ainda que som básicas para o mundo laboral, a maioria da classe obreira nom as tem claras porque para confundir, já estam as empresas.

Menos “nitramón” e mais descomposiçom! De 18h a 19h com Martinho Salgado.

Neste obradoiro achegaremo-nos aos conhecimentos básicos para fazer o nosso próprio composto, criando alimento para a nossa horta desde o aproveitamento e dependendo menos de produtos fitossanitários.

A minha risa é a minha revoluçom. De 18h30 a 19h30 com Gabriela Rivera.

Partindo do caso uruguaio e achegando-nos ao galego, falaremos do Entrudo como espaço de resistência popular ante o poder militar durante a ditadura, porque que pode ser mais subversivo e revolucionário que o humor, quando incluso o ato de rir está proscrito?

Percorrendo a URSS com as danças de suas repúblicas. De 20h a 21h com Rubén Iglesias Ramudo.

Percorremos a diversidade coreográfica das repúblicas unidas na histórica Uniom Soviética, explorando estilos e expresons que revelam a riqueza cultural dum território vasto e plural.

QUINTA-FEIRA, 17 DE JULHO

Graffiti de base. De 17h30 a 21h com Osiriss.

Pequena introduçom aos inícios do graffiti galego, aos princípios sociais do graffiti, e elaboraçom dum mural coletivo no terraço do centro social.
Atividade aberta a maiores de 12 anos. Terá um sobrecusto de 3 euros por materiais.

Harmonia básica e aplicaçom à música tradicional. De 16h30 a 17h45 com Estevo Santamarina.

Introduçom a conceitos básicos da harmonia moderna (escalas, acordes diatônicos e funçons harmónicas), histórico da harmonia na música tradicional e método de harmonizaçom de melodias populares.

Condiçons materiais na saúde mental. De 18h a 19h com Carla López e Olimpia Rivera. 

A saúde é um estado de bem-estar que abrange diferentes esferas, entre elas a mental. Trataremos de achegar-nos aos condicionantes que atravessam a saúde mental desde a visom duma residente de Medicina de Família e outra de Psiquiatria, em colaboraçom com a Doutora Iria Veiga.

A voltas com o pandeiro. De 19h a 20h com Uxia Iglesias.

Introduziremo-nos um pouco mais nos toques de pandeiro, passamos do básico, um passo mais alô, para aperfeiçoar a nossa técnica e aprender mais recursos. Trazei o vosso pandeiro e vontade de aprender!
Para quem já toca.

“Be rock my friend”: umha história geológica da Galiza com mini-roteiro. De 20h a 21h30 com Marc Romero.

Onde ficava a Gentalha há 1.000 milhões de anos? Que aspecto tinha o pessoal picheleiro daquela? Convidamos-vos a umha “viagem tranquila” através dum inferno real —com mudanças climáticas extremas, materiais incandescentes e continentes inteiros colidindo— para descobrir mares já desaparecidos, terras antiquíssimas e compreendermos muitos dos processos que forjaram e modelam a nossa terra. Presta? Necessário: roupa cómoda (roteiro de 45 min) e atitude curiosa.

SEXTA-FEIRA, 18 DE JULHO

Do bairro ao postal: O que perde a vizinhança com a turistificaçom. De 18h a 20h com Mon Vilar e Mercedes Vázquez.

Roteiro por S. Pedro com a olhada da A.VV. A Xuntanza: Bairros para viver e nom para especular.
Ponto de encontro: pracinha dos livros, na Angústia.

Três tendências do movimento obreiro e a sua história na Galiza. De 18h a 19h com Alejandro Suárez e Uxia Caldeiro.

Análise histórica de três principais tendências do movimento obreiro e a sua especificidade na Galiza.

Ioga para soltar. De 19h a 20h com Daniel Lezso.

Umha prática singela de ioga para sentir o corpo e conectar com a respiraçom. A sequência está pensada para cuidar das articulaçons antes e despois de tocar a pandeireta, e inclúe posturas accesíveis para todo tipo de corpos. Trabalharemos com atençom plena, cultivando a capacidade de estar presentes e de soltar o que nom é necessário.

Sostenibilidade: umha vissom integral desde a Galiza. De 20h a 21h30 com Tonio Nogueira.

Exposiçom e debate ao redor do conceito da Emergência Ambiental Global, a crise internacional dos recursos, a Galiza como território de sacrifício na periferia da Europa Occidental, as 7 Rs da Sustentabilidade e as soluçons Integrais.

SÁBADO, 19 DE JULHO

Crónica dum Golpe Anunciado: roteiro da memória antifascista de Compostela. De 11h a 13h30 com Andrés Rey Sierra.

As ruas que pisamos som arquivos vivos da nossa história silenciada. Cada esquina guarda a memória daquelas pessoas que luitarom antes de nós. Hoje reclamamos o direito de escuitar o que as pedras tenhem para contar. Este roteiro é o nosso contra-arquivo: frente ao património turístico do capital, reivindicamos o legado popular nas nossas ruas, devolvendo luz às histórias que o fascismo tentou deixar às escuras.
Ponto de encontro: Alameda, estatua das Marias.

DOMINGO, 20 DE JULHO

Santiago mata compostelanas. Roteiro polas luitas entre a cidade e os arcebispos em Rocha Forte. De 10h a 14h com Mario César Vila.

Partindo da praça do Obradoiro, traçaremos um roteiro que nos levará até as ruínas da fortaleza de Rocha Forte, símbolo do poder senhorial dos arcebispos e do seu confronto com as classes populares compostelanas. No caminho exploraremos os espaços e pegadas das luitas sociais que marcaram a história da cidade, desde as revoltas irmandinhas. Um percurso para pensar Compostela desde baixo, com olhos rebeldes e memória viva.