Projecçom do Cineclube
Ás 21:30Cinema experimental australiano (Sessom I) Semitón (Halftone, David Perry, Australia, 1966, 1’, VO) Transición (Transition, Aggy Read, Australia, 1967, 2’, VO) Bolero (Bolero, Abie Thoms, Australia, 1967, 14’, VO) Un esbozo sobre o ventre de Abigayl (A Sketch on Abigayl’s Belly, David Perry, Australia, 1968, 2’, VO) Tobias Icarus, 4 anos (Tobias Icarus Age Four, Clemency Weight, Australia, 1968, 4’, VO) Sen home (Manless, Maria Kozic, Australia, 1981, 12’, VO) Sen título (Untitled, Merilyn Fairskye, Australia, 3’, 1984, VO) Respiración (Breathbeat, Stephen Cummins, Australia, 1984, 4’, VO) É, si (Yes It Is, Virginia Hilyard, Australia, 1985, 4’, VO) Fóra da xanela (Out the Window, Catherine Hourihan, Australia, 1985, 8’, VO) O mundo tal e como o coñecemos (The World As We Know It, Catherine Lowing, Australia, 1985, 16’, VO) Cambio de lugar (Change of Place, Kathy Smith, 1985, 4’, VO) Programada e presentada por Alberte Pagán
Obradoiro de escrita criativa
Às 18.00Manifestaçom nacional do dia das letras
Às 12.00A falar ao mundo com os pés na terra!
A situaçom da comunidade lingüística galega é preocupante. A falta de soberania do nosso país tem expressom na destruturaçom do idioma, cada vez mais reduzido a um papel secundário, frente ao protagonismo e privilégios de todo o tipo que as instituiçons conferem ao espanhol.
É verdade que existem determinadas normas legais e instrumentos institucionais, mesmo alguns meios públicos de comunicaçom, que ainda reservam certo papel ao galego, o que mostra que o nosso povo ainda nom o abandonou. Porém, a degradaçom é visível, mostrando o desprezo dos governos autonómicos e a incapacidade de concelhos e deputaçons com maiorias teoricamente pró-galego para articular estratégias de avanço social para o nosso idioma.
Nom há dúvida que, sem umha maior pressom popular, o Estado espanhol e as suas diversas continuarám a trabalhar em contra os nossos interesses lingüísticos. Daí a importáncia da auto-organizaçom em defesa da galeguizaçom de espaços como o ensino e os meios públicos, assi como o das relaçons laborais, a produçom, o consumo e a cultura.
Também devemos valorizar iniciativas de agrupamento dos setores sociais ativamente favoráveis ao idioma em todo o tipo de coletivos –musicais, culturais, educativos, desportivos, sindicais, etc– para defender coletivamente o direito à língua.
Entre as ferramentas de que dispomos para enfrentar o desafio histórico de recuperar o idioma, está o reintegracionismo, entendido como recurso que situa o galego onde lhe corresponde, como parte de um dos maiores espaços lingüísticos do mundo, capaz de responder a todas as necessidades de umha sociedade do século XXI, como é a galega.
Fora de qualquer tentaçom elitista ou individualista, consideramos o reintegracionismo um recurso coletivo que facilita que toda a populaçom galega dialogue com todos os povos que já figérom seu o nosso idioma, afirmando a sua própria identidade nacional na variante galega da língua comum.
Nom será só o reintegracionismo que possibilite a plena recuperaçom do idioma. É preciso que um setor maioritário do nosso povo aposte ativamente na recuperaçom plena dos direitos coletivos para que isso seja possível. É preciso reclamarmos a prioridade legal e efetiva do galego frente a qualquer outro idioma. Porém, a incorporaçom da Galiza ao espaço internacional que fala a nossa língua poderá ajudar-nos a ser um povo lingüisticamente soberano e aberto ao diálogo com todos os povos do mundo.
O autonomismo lingüístico, a teima oficialista em virar costas às variantes portuguesa e brasileira da nossa língua, reduzindo-nos a quatro províncias espanholas, mostra umha vocaçom de dependência e confirma a condena imposta à nossa língua, que esmorece e pode acabar por ficar reduzida à irreleváncia social.
Indo muito além das limitaçons impostas polas instituiçons e polas insuficências legais, os coletivos que participamos neste Bloco Reintegracionista de Base, participantes dia a dia nas mais variadas dinámicas populares pola soberania cultural e lingüística, reafirmamos a aposta numha Galiza em galego, soberana e que fale ao mundo com os pés na terra.
Compostela, 17 de maio de 2018
Cuarta Xusta ao vivo
Às 22.30