Há já algum tempo que se fala na Galiza de “Feísmo Urbanístico”; a Wikipédia refere como
“
o desleixo generalizado que impera em boa parte das construçons do país e que se fai especialmente patente no meio rural e naquelas zonas que sofrem os estragos da especulaçom urbanística”.
Mas o desleixo, que chegou também à língua, fai com que hoje o Feísmo Lingüístico esteja especialmente presente no meio urbano e naquelas zonas que sofrem os estragos da pressom do castelhano.
Com este concurso a Gentalha pretende evidenciar o estado de degradaçom em que se encontra o galego, muitas vezes tam hibridizado que já nem se identifica com a língua própria. “Alquila-se”, “temos pulpo”, “bizcochos e moletes”, “calamares da ria”, “ciruelas do país”.
A nossa língua poderá deixar de existir porque a sua comunidade de falantes decida deixar de falá-la; mas também poderá diluir-se num castelhano que cada dia parece gozar de mais vantagem dentro do próprio galego.
Denunciemos, desde a preocupaçom e o respeito, o que está a acontecer. Nom é a nossa intençom ridiculizar, rir ou insultar ninguém, e muito menos aquelas pessoas que se esforçam, apesar das dificuldades, em manter o galego na sua comunicaçom externa. Somos conscientes da falta de modelos e de recursos, da qual nós somos a primeiras vítimas e portanto também co-responsáveis neste feísmo. Só queremos fotografar umha realidade que, do nosso ponto de vista, deve ser invertida se nom queremos desaparecer como comunidade linguística.
Exposiçom das fotgrafias recebidas no C.S O Pichel de 10 a 30 de janeiro
envios a: feismolinguistico@gmail.com
